Poetizando
Poesia
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Tira-me o oxigénio à vontade!
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Mulheres Com Asas de Falcão
Mulheres Com Asas De Falcão
As mulheres com asas de falcão
Entoam hinos ao anoitecer,
Vestem-se de organza e caxemira
Despindo a alma sorrindo
Em taças de poesia
Perante os dentes assassinos das hienas.
Elas cuidam, acolhem, mimam
E choram às escondidas
Toda a dor das ausências
Peregrinando gargalhadas, inventando estórias
Para seus filhos
Os delas, e os que a vida lhes concedeu.
As mulheres com asas de falcão
Esquecem seus soberbos corpos
Em prol de um Amor maior
E sorrindo, continuam chorando em segredo
No silêncio de seus quartos fantásticos
De rubras rosas, rubis e frescas açucenas.
E antes de voarem rumo ao infinito
Deixam suas vestes pelo chão do tempo
Na doçura que teimam em guardar,
Meninas, mulheres com rostos de quimera
Sobreviventes ao desdém.
Célia Moura
Imagem - Fabian Perez painting
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
domingo, 28 de outubro de 2018
As Mães Nunca Morrem
Mãe é Luz acesa
Na imensa escuridão da noite
É vida primeira
Na nossa vida,
Bandeira de Amor hasteada
Em todos os palcos, prantos e sorrisos
De nós.
Mãe
É pele primeira, é sangue, é cordão umbilical
É grito de dor e alegria maior
Sublimação das esferas
Deusa de todas as quimeras!
Mãe
Poderá ser primeira e derradeira palavra.
É fragata em alto mar
Sobrevivente
A todas as preces.
Ainda que se despedindo
Em seu último fôlego,
Mãe não parte!
As Mães nunca morrem!
Sempre no Inverno, na Primavera, no Verão e no Outono
Elas estarão acolhendo seus filhos pela mão
Plantando flores diversas em seus peitos,
Sussurrando sábios conselhos
Na voz da maresia
Em cada gaivota que passa.
Mãe
É e será sempre teu cais de silêncio
Tuas mãos entrelaçadas na berma da Ternura
Desafiando o Tempo.
Elas ficam do outro lado
Fiando memórias
Tecendo a eternidade
Aguardando-nos.
Poema - Célia Moura – a publicar Terra De Lavra
Imagem – Andy Prokh Photography
Ouço-te amada minha
Nos vestígios da infância
Enquanto sorrindo entrançavas meus longos cabelos
Na clareira onde a mais cristalina das águas
Nos banhava os seios em esplendor.
Ao longe gemiam os amantes
Como se o eco estridente de nossa inocência
Os aliviasse no leito das brandas açucenas
Tudo o resto foram archotes nos meus olhos
E exílios de nós.
Célia Moura, a publicar
Tira-me o oxigénio à vontade!
Tira-me o oxigénio à vontade! Coloca um garrote a apertar o meu pescoço a cada segundo que passa, Que ainda assim não estilhaçarei de pólvo...
-
Mulheres Com Asas De Falcão As mulheres com asas de falcão Entoam hinos ao anoitecer, Vestem-se de organza e caxemira Despindo a alma...
-
Tira-me o oxigénio à vontade! Coloca um garrote a apertar o meu pescoço a cada segundo que passa, Que ainda assim não estilhaçarei de pólvo...
-
Calar-me-ei . Deste sangue. Que me fere e me ofusca. Quando da minha boca saírem. Raízes mortas. Célia Moura Benoit Courti Phot...